é a pressa que nos conduz
somos conduzidos
músculos instantâneos
cabelos que mudam, por cores
cortes
recortes
penteados
e nem tempo pra nos pentear temos
de repente: o medo
que um raio caia sobre nossas cabeças
pobres anônimos conduzidos
sorrisos programados
como flashes digitais
como letras que surgem com os polegares vazios
cabeças vazias
corpos vazios
e anabolizados
que nos custa esperar?
quanto custa sentar?
quanto vale sorrir, se tudo que queremos
é ser máquina?
e ser gente ficou obsoleto
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