quinta-feira, 6 de novembro de 2008

é a pressa que nos conduz

somos conduzidos

músculos instantâneos

cabelos que mudam, por cores

cortes

recortes

penteados

e nem tempo pra nos pentear temos

de repente: o medo

que um raio caia sobre nossas cabeças

pobres anônimos conduzidos

sorrisos programados

como flashes digitais

como letras que surgem com os polegares vazios

cabeças vazias

corpos vazios

e anabolizados

que nos custa esperar?

quanto custa sentar?

quanto vale sorrir, se tudo que queremos

é ser máquina?

e ser gente ficou obsoleto

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