quarta-feira, 23 de abril de 2008

Texto I

Todos de repente decidem acordar ao mesmo tempo como que com um cronômetro instalado cirurgicamente no braço esquerdo, pertinho do coração.
Mas que sensação de saciedade era aquela que brilhava no olhar? Nem sei. Sei que todos se cumprimentavam como se tivessem ido dormir também ao mesmo tempo na noite anterior. Era uma fadiga ver todos aqueles rostos contentes. (risos). O Certo é que mais tempo, menos tempo, todos reunir-se-iam para bater longos papos embalados pelo tilintar das colherinhas adoçando cafés. Discutiam filosofia, política, antropologia e em especial à vida alheia, fazia bem aos poros, rejuvenescia as células. Taí... Essa talvez fosse uma boa explicação para o pouco sono: o café entrecortado por conversas aleatórias.
Confesso que nunca vi fotografia tão excitante quanto àquela do papo matinal. Ou seria vespertino? Noturno? Mais uma vez não sei. Pois a hora ficou afixada no coração das pessoas e eu não podia consultá-la então.

3 comentários:

Davi Sales disse...

os tempos (futuros) de chás muitas coisas vão ficar na lembrança outras todos pedirão pra esquecer..

Ôhana disse...

O tempo acaba,
cansa e encontra o contratempo'.
Matutino, vespertino, noturno, o tempo dói - nem consultá-lo resolve.

D. disse...

Aquele tipo e fotografia e não se sabe se é dia ou noite.